O déficit da Previdência Social no ano passado foi o maior desde 1995, atingindo R$ 268,79 bilhões de reais, somados os regimes gerais (RGPS) dos trabalhadores da iniciativa privada, e o regime próprio (RPPS) dos servidores públicos federais e militares. Só o valor do rombo do regime geral já supera o número de 2016 em 21,8%, com R$ 182,4 bilhões de prejuízo.
O maior receio da CNI é que a população brasileira envelhece cada vez mais rápido devido ao aumento da expectativa de vida no país, agravando as chances de que no futuro o pagamento de pensões e aposentadorias seja inviabilizado, pois em algum tempo o Brasil pode ter mais pessoas recebendo os benefícios do que contribuindo com eles.
Segundo o governo, 52,1 milhões de brasileiros pagaram a previdência para 33,2 milhões de aposentados em 2016, porém as projeções para o ano de 2050 são preocupantes, com 43,9 apenas milhões de contribuintes para 61 milhões de aposentados.
Além do rombo na previdência já mencionado, também é relevante mencionar o quanto outros países têm gastos menores que o Brasil em relação à porcentagem de idosos na população. O custo da previdência brasileira equivale a 13% do PIB do país, número igual a nações, em proporção, mais populacionalmente envelhecidas, como Áustria e Portugal.
Os gastos da União com Previdência e assistência já chegam a 55% do total. O Ministério do Planejamento prevê que os custos previdenciários equivalerão a 82% das despesas públicas caso uma reforma não seja feita até 2026.
Fonte: CNI